Ácaros e fungos nos ouvidos de cães e gatos são famosos por acabar com o sossego dos pet, em especial cães peludos com orelhas pendulares. Nesse caso, os parasitas recebem uma ajudinha extra para sua reprodução. Essa situação ocorre com mais freqüência quando temperaturas de verão aparecem nos meses de inverno. Isso porque os animais, então peludos, podem favorecer o crescimento do parasitas escondidos sob uma capa de pelos. E na medida em que o calor começa a se fazer presente, a reprodução dos fungos pode ficar ainda mais eficiente.
Por que crescem os ácaros e fungos no ouvidos de cães e gatos
Contudo, microorganismos fazem parte da microbiota do conduto auditivo de muitos animais. Mas não fungos, muito menos ácaros em excesso. Em função disso, ouvido que fica úmido ou pelos que crescem demasiadamente são um problema nesse sentidos. Otite é o vilão do banho caseiro porque nem todos sabem da importância em deixar a área protegida da umidade. Os mascotes companheiros nos esportes não se importam em ficar molhados. Mas podem apresentar coceira nos ouvidos horas depois da exposição à umidade. Isso piora se os pelos não forem secados de forma apropriada porque a água favorece os conhecidos fatores – calor e umidade – que darão início ao problema.
Consequências de ácaros e fungos no ouvidos de cães e gatos
E atenção donos de cockers, goldens, poodles, vira-latas e gatos peludinhos: otite não é tudo.
Pelo é um prato cheio para proliferar outros agentes que podem fazer com que seu cão ou gato coce a orelha o dia todo. Essa atitude às vezes potencializa ferimentos nos tecidos adjacentes que passaram a ser submetidos a constantes agressões promovidas pelas unhas dos animais. Enlouquecidos de coceira, os mascotes procuram diminuir sua agonia, e assim comprometem ainda mais a área afetada. A lesão pode se contaminar e evoluir para uma otite, inflamação no ouvido que, além de dolorosa, pode prejudicar o equilíbrio e a saúde de seu pet.
As unhas do animal provocam lacerações que deixam a pele da orelha e do pavilhão mais espessas. Além de serem uma das responsáveis pela entrada de micro-organismos na pele, unhas e o constante coça-coça também favorecem o surgimento de otohematoma em cães. Esse quadro vem da ruptura de um vaso sanguíneo entre a cartilagem da orelha e a pele que forma uma pequena bolsa onde se acumula sangue. A reversão do hematoma exige um procedimento ambulatorial.
Animais com orelhas pequenas e até aqueles que as apresentam bem arguidas acima da cabeça também precisam ser inspecionados pois a questão não é apenas anatômica – orelhas pendulares – mas a quantidade de pelos que existe no pavilhão, terreno fértil para os ácaros.
Como prevenir problemas com ácaros e fungos no ouvido
Manter o local ventilado é uma boa medida preventiva para auxiliar a manter a saúde auricular. Há quem prenda os pelos das orelhas de seu pet no topo na cabeça por algumas horas, algo como rabo de cavalo, para evitar que a região fique abafada. Deixar o local arejado raspando o pelo é outra alternativa.
As pet shops costumam verificar por onde anda a higiene de seu animal, e o mais comum nessa época fica por conta dos ácaros, o que é fácil de ser controlado por meio de produtos específicos para esse fim. Se o coça-coça for mantido, o problema pode evoluir para uma otite bacteriana e poderá ser necessário o uso de antibióticos.