Apesar de fazer parte do comportamento normal de cães que seguem seus instintos territoriais e reprodutivos, ninguém quer ver seus mascotes no meio de uma peleia. Muito menos separá-los. Não raro tutores se ferem feio na hora de apartar brigas cujos protagonistas são seus cães. Saiba como diminuir as chances de seu pet se envolver em briga de cães.
Liderança e territorialidade
Sempre existe um líder. Se você coloca outro cão em casa e ele acredita que possa ser o líder, haverá confusão. Isso acontece quando não fica bem claro para o animal que você é quem manda, quando então os cães da casa podem passar a competir pelo lugar de destaque.
Além do instinto de liderança, soma-se a isso o sentimento de posse, seja posse do que for, de um brinquedo, uma cama, uma área do quintal e, claro, o tutor. Assim, do nada, uma divertida brincadeira pode terminar no maior arranca-rabo entre eles ou elas, porque as fêmeas também se pegam muito entre si ainda mais no período reprodutivo.
Também há cães que, ao encontrar um animal estranho, o atacam apenas por este ser desconhecido. Isso ocorre seguindo o instinto de territorialidade, mas também pode o animal se sentir intimidado pelo “invasor”. Logo, presença dele representa uma ameaça. Saiba que um bom adestrador pode socializar seu mascote para viver em grupo.
Ciúmes
Saiba que quase tudo que envolve brigas entre cães tem a ver com liderança e territorialidade em suas diferentes apresentações. Sendo assim, o ciúmes é outro sentimento que pode ser motivo da confusão. Ou seja, você, tutor, é o pivô do “crime”. Também por ciúmes, cães adultos podem ferir filhotes se perceberem que sua atenção e seu território estão ameaçados.
Animosidades em cães do mesmo sexo
Diferença entre idades, raças e idade também contribuem para uma situação de animosidade. Se você tem dois machos ou duas fêmeas tem que se preparar para algum eventual confronto e passar a educar seus mascotes no sentido de se respeitarem. Duas fêmeas competem menos se comparada às brigas dos cães machos, mas uma costuma se destacar enquanto a outra assume o papel de submissa. Mas se as duas resolverem liderar, alto lá que já vem briga. Se você pretende ter um pouco mais de paz em seu quintal, uma parelha ainda continua sendo uma boa solução. Seguindo os instintos trazidos pela reprodução, macho e fêmea costumam se dar muito bem no quesito guarda do território pois eles não competem entre si, cada um tem sua função.
Espírito de luta
Isso também acontece e não pense que é pelo fato de o cachorro ser Pitt Bull. Embora todos os cães mantenham sinais remanescentes de defesa e luta, em alguns isso se mostra de forma mais exacerbada. A necessidade de combate, em especial aqueles cujas raças foram desenvolvidas com vistas à caça de animais entocados, são animais particularmente destemidos não importa o tamanho que tenham. O Dacshund é um bom exemplo disso. Da mesma forma, existem animais mais briguentos do que outros.
Ainda falando em raças desenvolvidos ao longo dos séculos, aqueles que foram selecionados para companhia tendem a perder esse instinto de luta, mas mesmo animais de raça reconhecidamente tranquilas, como Yorkshire, podem ter a ovelha negra, aquele que podendo está metendo os dentes no cachorro alheio e isso vale até mesmo para cães maiores do que ele. Tem cachorro pequeno que compra briga com gigantões como Rotweiller sem ter alcance da ousadia que pode acabar em morte.
Tutores sem critérios
Parece brincadeira mas tem um monte por aí. Algumas pessoas preferem estimular por conta própria a agressividade em seus cães para que defendam o território. Favorecer e até recompensar a personalidade briguenta de um cachorro pode trazer desastrosas conseqüências quando o animal troca de tutor ou vai passear em um parque…
Dicas finais
- Nunca, jamais estimule o ciúmes entre seus cães; quando der atenção a um, dê ao outro na mesma medida;
- Se eles se atacarem por que querem receber carinho ao mesmo tempo, estipule uma ordem e faça-o respeitar o tempo de cada um em seus colo;
- da mesma forma, se é complicado sair com os dois, saia primeiro com um, depois com o outro;
- Mas quando o assunto é alimento, não ofereça comida em diferentes momentos. Ao servir um, imediatamente largue o pote de comida do outro.
- Se ainda assim seus cães sofrem animosidades, solte um depois de prender o outro;
- Evite ter um cão dentro de casa e outro na rua, isso é terrível e estimula o ciúmes;
- E saiba que o cão que receber menos atenção é um animal mais triste porque cães são extremamente sensíveis, inteligentes e tem emoções.
- Assim, se adquiriu um filhote, dê mais mimos ao cão antigo para evitar o ciúmes.
Em caso de brigas entre os cães, o que fazer
- Esteja atento se for deixar seus pet sozinhos. Melhor deixá-los em cômodos separados em sua ausência se eles têm tendência a se estranhar de vez em quando;
- Lembre que mesmo cães afáveis podem se entreverar em uma briga por uma causa específica, seja por comida, território, afeto;
- Nunca ria, quando há um ataque, não grite, muito menos se meta na briga.
- Tom de voz alto pode estimulá-los ainda mais;
- Havendo duas pessoas, cada uma pode puxar cada um dos envolvidos pelas pernas traseiras ao mesmo tempo ou o que saiu primeiro acaba prosseguindo o ataque de quem saiu depois;
- Não havendo guia, puxe o seu pet pelas patas traseiras;
- Jogar água pode auxiliar se você está sozinho;
- Alguns cães se inibem de prosseguirem na luta ao verem o tutor indignado com a situação, o que facilita sua vida, mas outros não estão nem aí se você está chateado ou não;
- Não espere que as brigas resultem em sangue ou morte. Se os ataques forem frequentes, apele para um adestrador.