No tempo do mascote no pátio da casa da vovó, dar banho no cachorro em casa era um evento que envolvia toda a família, até porque não era algo que se fazia com frequência. Ademais, cão era cão e por isso vivia no pátio. E todos queriam participar da “molhaçada” que era um banho de mangueira no cachorro.
Na medida em que a realidade canina foi se transformando, animais e apartamentos parecia um binômio difícil de ser sustentado. No entanto, o desejo de coabitar com mascotes fez crescer a necessidade de ele estar sempre limpo. Além disso, precisava o cachorro estar com pele saudável e livre de parasitas, motivos de sobra para que o banho passar a ser mais frequente.
O Intervalo entre banhos
E qual o intervalo ideal? Isso certamente vai depender do tamanho, pelagem e humor do animal em ficar debaixo de um chuveiro. Cabe lembrar que, se for o caso, tratamentos dermatológicos vão exigir um pouco mais de paciência dos tutores que terão de se organizar para um banho semanal.
Mas dar banho no cachorro em casa não é exclusivo aos animais que necessitam de banhos medicinais. Há quem adore o trato com seu pet. Outras vezes o mscote não se adaptou como deveria aos banhos em petshop. A presença de outros animais, odores, ruídos e a própria manipulação por uma pessoa estranha acabam por deixá-los nervosos. Dias muito frios ou muito quentes influenciam o comportamento dos donos dos animais. Em função do vento e frio, muita gente opta por dar banho no cachorro em casa. Em dias quentes, porém, a vontade que dá é a de colocar o pet na banheira, uma boa desculpa para arregaçar as mangas e tratar pessoalmente do mascote.
Pronta para a aventura? Então reserva duas buchas de algodão ou tampões de ouvido para seu mascote e siga algumas dicas para que você e ele tenham agradáveis momentos de interação e alegria.
Local do banho
A fim de proteger seu pet, considere a banheira, o box, o tanque ou até uma bacia. Essa escolha deve estar em conformidade com o tamanho de seu mascote. Independente de onde banhá-lo, o importante é que traga segurança e conforto ao animal e, principalmente, que não favoreça quedas. No mercado pet existem adesivos para evitar escorregões de crianças no chuveiro que também são usadas para manter os patas dos mascotes firmes no piso. Se ele escorregar e entrar água no nariz e olhos, suas pretensões de dar um banho tranquilo no seu pet vão correr ralo abaixo
Temperatura da água
Água morna têm agradado gregos e troianos mas com o passar do tempo é possível perceber que alguns pets tendem a se sentir melhor recebendo uma água ligeiramente mais fria do que morna, e até mesmo mais quente. Saiba, porém, que água quente não é recomendável porque resseca pele e pelos.
Movimentos suaves
Primeiramente, comece molhando as pernas do animal. Conforme ele vai relaxando, leve aos mãos ao dorso e abuse das massagens. Deixe a cabeça para depois, quando ele estiver mais relaxado e confiante. Durante o banho, nada de puxões. Cuidado com shampoo nos olhos e dê preferência para produtos para bebês justamente por não machucarem os olhos. A cabeça é a última parte do corpo a ser lavada e deve ser a primeira a ser enxaguada. Quanto ao corpo, passe shampoo e enxágue duas vezes. Havendo necessidade, use condicionador, mas cuidado para que o pelo não fique com aspecto muito oleoso.
Toalhas secas e secador
Fechadas as torneiras, igualmente importante é se certificar de que o piso onde você vai secar seu pet não é escorregadio. Isso pode ser corrigido previamente com o auxilio de um tapete anti-derrapaste. Não abandone seu pet sozinho no local do banho para buscar toalhas, elas já devem estar ao alcance da mão. NUNCA deixe de secar seu animal.
Uma vez ficando molhado por muito tempo, seu pet pode desenvolver micoses. or conta disso, animais peludos exigem o secador enquanto animais de pelo baixo podem se contentar com a toalha. No verão, nada contra em deixar seu pet secando ao sol, mas conclua com o uso do secador em animais com pelagem densa. E cuidado para não deixar muito próximo o vento quente na pele porque machuca. Dessa forma você causa fobia no animal em relação aos equipamentos acessórios, dificultando seus esforços para deixá-lo bem seco.
Modere o uso de talcos e perfumes. Os animais podem espirrar o que é sinal de alergia. E não esqueça de, ao final do banho, remover os protetores de ouvido.
Banho é mais do que um ato de higiene, é o momento em que se verifica a saúde da pele do animal, possíveis ferimentos e presença de pulgas. Associe o período antes e depois do banho com outras sensações agradáveis como mimos, carinhos e petiscos. Vai ficar mais fácil e divertido para todos.
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