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segunda-feira, 08 outubro 2018 / Publicado em Gestação e Parto

O que fazer no parto normal de cachorros

Saiba o que fazer no dia do parto normal de cachorros

O que fazer no parto normal de cachorros e o que pode dar errado é uma questão difícil de ser esclarecida, ainda mais quem não entende de cachorros tampouco de parto.

Mas a primeira informação que se deve ter é se você está diante de um parto ou um aborto. Como saber? Via de regra se estabelece como a data do primeiro acasalamento o dia “um” da gestação. Após  um período não inferior a 56 dias – desejável 58 a 62 –  desse acasalamento, você está diante de um trabalho de parto. Quanto maior o desvio da média de 62 dias, maior é a probabilidade de parto anormal.

Saiba ainda que a duração de um parto varia conforme raça, tamanho e estado nutricional da mascote. Os padrões de tempo são medidas úteis, mas não quer dizer que não podemos nos afastar delas com relativa segurança. O que queremos dizer é que tudo deve ser analisado conforme cada caso vai se encaminhando.

Para melhor explicar o que estás prestes a acontecer, divide-se o parto em três momentos distintos:

Estágio I : os primórdios do parto

Primeiramente, no momento de expulsão dos filhotes veremos uma cadela ansiosa e inquieta.  Além disso, ela procura um local refugiado e sem luz, comportamento que pode variar. Às vezes elas  simplesmente dão à luz silenciosamente e sem grandes sinais prévios. No entanto,  não se assuste se toda a função de um parto levar um dia inteiro ou até 36 horas. Boa hora para aprender o que fazer no dia do parto normal de cachorros é justamente observar cada fase que se anuncia.

Nesse estágio, além da excitação, haverá um relaxamento dos ligamentos pélvicos e vaginais. Em outras palavras, sua cadela estará flácida e de uma forma nunca vista antes. Depois disso, o que pode levar horas, terão início as contrações. É importante você anotar o horário em que viu sua mascote inquieta e ofegante pela primeira vez. Anote também o momento em que ela contraiu os músculos abdominais. Esse dados serão necessários para o conhecimento do veterinário se algo der errado nas próximas etapas.

Às vezes o tutor terá  a sorte de observar o rompimento da bolsa. Sorte porque a cadela se lambe tão logo isso acontece e você fica sem saber se rompeu ou não. Na maioria das vezes,  isso é tão sutil que não se percebe. Outras vezes a bolsa de insinua para fora da vagina, uma pequena bexiga de um ou dedos dedo de largura contendo líquidos que em seguida estarão espalhados sobre a cama da parturiente. Feito isso, espera-se as contrações. Assim que elas têm início até o nascimento do filhote, na maioria das cadelas, transcorre de 10 a 30 minutos, momento em que denominados estágio II do parto.

Estágio II: a expulsão dos filhotes

A pergunta que mais incomoda os tutores nessa fase é o tempo de nascimento entre um filhote e outro.  Costuma-se dizer que são necessárias de duas a cinco contrações para o nascimento de um filhote. Mas isso depende de vários fatores como posição do filhote e largura do canal do parto. Isso também vai depender do estado nutricional da mãe e o número de fetos gerados. Não obstante a isso,  contrações necessitam de cálcio e aporte energético muito altos que em uma ninhada numerosa pode ficar comprometido.

Principalmente cadela de primeira viagem, os lábios da vulva podem ainda não estar completamente relaxados. Sendo assim, haverá dor na passagem do primeiro filhote.  Em alguns casos, estando você em uma clínica veterinária, pode ser necessária uma episiotomia (um corte que promove maior abertura vaginal) se a manipulação não se mostrar eficaz.

O filhote recém-nascido poderá estar envolto na membrana amniótica.  Sendo assim, precisará de ajuda do tutor se a fêmea não limpá-lo. Acredita-se que a lambedura estimula a circulação sanguínea e a respiração no filhote. E elas costumam lamber com vontade, às vezes parece até que machucam o filhote de tanto que ele reclama, mas é assim mesmo.

O cordão umbilical geralmente é cortado pela cadela, mas cuide se não está puxando demais o neonato  ou mordiscando muito rente ao seu umbigo. Isso é um problema pois pode causar evisceração.ou seja, abeiro abdômen.

O ideal é que você segure com firmeza o filhote em sua mão e com os dedos pressione o cordão umbilical a uma distância segura do abdômen (5 centímetros). Isso permite a cadela cortar sem arrancar o umbigo.  Assim que estiver liberado do cordão,  o recém-nascido se aninha entre as mamas da mãe. A amamentação deve ser estimulada para a liberação de ocitocina, hormônio que vai auxiliar nos próximos nascimentos.

Segure com firmeza o filhote na mão e com o dedo polegar e indicador, pressione o umbigo a 5 centímetros do abdômen

Estágio III: a eliminação da placenta

Uma carne esponjosa verde e de aspecto nada agradável poderá ser vista na cena do parto ou minutos depois dele. É a placenta, e não se assuste se sua mascote comer algumas delas. Este é um período de descanso do útero entre os nascimentos. Sua mascote poderá deitar serenamente com cabeça sobre os pequenos e fechar os olhos. Calma, ela não está morrendo, apenas descansando até que se inicie novas contrações. Em alguns casos ela pode até abandonar o ninho, urinar, tomar água. Pode se alimentar e depois voltar ao ninho para prosseguir com os nascimentos.

Como tirar placenta de recém-nascidos

Dependendo do número de filhotes, o parto pode se estender de 2 a 24 horas sem maiores complicações, desde que observados cuidadosamente cada situação que se desenrole durante o evento.

Últimas considerações:

  • Permita conforto e tranqüilidade na hora do parto de sua mascote. Não grite e evite ruídos ou barulhos pela casa;
  • Agrade ela, fale com voz baixa e elogie os filhotes quando nascerem mostrando que todos são parte da mesma família e que ela não está só naquele momento;
  • Respeite sua cadela e ela não permitir a aproximação pessoas durante o parto. Sua ansiedade pode alterar seu comportamento;
  • Procure deixar os filhotes nas mamas da mãe, mas longe da vagina para que ela possa se curvar e lamber a vulva e o próximo filhote sem sem incomodada pelos outros.
  • Em ninhadas numerosas, atenção para não deitar sobre os recém-nascido;
  • Tremedeiras são sinal de perigo que devem ser acompanhadas;
  • Se algumas coisa está saindo fora do padrão de normalidade, se você desconfia estar diante de complicações de parto de cachorro, clique em Parto de cadelas, o que pode dar errado.

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Tags: anomalia parto cachorro, complicações parto de cachorro, parto cachorros, parto normal de cães

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