Como saber se a cadela ou gata está com tumor de mamas ou dentro do corpo? Complicado. Tumor em cadelas e gatas é tão comum quanto nos seres humanos. Um vilão silencioso que pode encurtar vidas e que tem o poder de se instalar sem ser percebido. Por outro lado, por não serem compreendidos em seus mais subjetivos sinais, tumores de mamas em cadelas e gatas costumam ser diagnosticados tardiamente.
Mas quando o câncer é interno, como detectar?
Como se diagnostica tumor em cadelas e gatas se elas não mostram nenhum desconforto? E se for no ovário, como se pode palpar?
Na maioria das vezes a resposta é simples: não se sabe. Enquanto o tumor de mama pode ser detectado por meio de dedos sensíveis, – diagnóstico que pode ser tardio para a recuperação de sua mascote – com úteros e ovários a história já é diferente.
Em alguns casos sinais de desconforto e até descarga vulvar (secreções vaginais) denunciam tumor em cadelas e gatos, que algo não vai bem. Ainda assim, é difícil o tutor ter a sensibilidade de entender que sua mascote precisa de exames complementares.
No entanto, no que diz respeito ao útero, felizmente não é o câncer quem ganha nas estatísticas. A infecção uterina, também conhecida por piômetra, é a patologia mais comum sendo. Em boa parte dos casos, o prognóstico é positivo se removido o útero em tempo hábil de não comprometer a saúde de sua mascote. Mesmo assim, ela deve ter boas condições para enfrentar um pós-operatório. Porém, a infecção começa a comprometer a vida de sua mascote se o tutor não perceber as alterações no comportamento dela. Primeiramente, isso fica mais evidente se vier acompanhado de secreção vaginal, via de regra a primeira queixa do tutor. No entanto, a ausência é o quadro mais comum e a avaliação do tutor fica prejudicada.
Essa particularidade, a secreção, faz toda diferença. Dessa forma, infecções ditas “fechadas”, quando não há escoamento do material purulento, demoram para ser diagnosticadas. Isso afeta negativamente o estado geral da paciente, animal que passa a sofrer também com acidose metabólica, um quadro que exige internamento e que precisa urgentemente ser revertido.
Abaixo algumas dicas para você desconfiar de que sua mascote pode estar com problemas no aparelho reprodutor:
- apatia;
- febre;
- histórico familiar com referências semelhantes;
- histórico de abortos;
- uso de anticoncepcional canino;
- sensibilidade abdominal (a mascote levanta e deita com mais cuidado em função da dor);
- repentina vontade de encostar o abdômen em pisos frios;
- descarga de cor verde ou amarela no local onde ela dorme ou passa mais tempo deitada/sentada;
- aumento do volume abdominal independente das refeições;
- histórico de gestações psicológicas;
- presença de cio dois meses antes da instalação dos sinais clínicos;
- interesse sexual do macho mesmo não havendo cio (o que ocorre devido ao odor);
Embora seja bem mais comum em cadelas do que gatas, e em idade superior a sete anos, as mais jovens não estão isentas de desenvolver a infecção. Infelizmente, tumor em cadelas e gatas, no útero e ovários, são de difícil identificação. Quase sempre se faz necessário auxílio de imagens (ultrassom ou tomografia) para se certificar da extensão e o grau de comprometimento dos órgãos. Tumores de mama em cadelas e gatas podem exigir mastectomia de toda a cadeia lateral (o que quer dizer todas as mamas do lado direito ou esquerdo). Além disso, supressão da fonte hormonal vai ser solicitada. Ou seja, os ovários também precisam ser removidos.
E é para ter a menor probabilidade de passar por essa experiência que alguns tutores preferem remover útero e ovários ainda no primeiro ano de vida de sua mascote.
MAS ATENÇÃO!!
Mesmo cadelas e gatas castradas em tenra idade podem apresentar tumores no aparelho reprodutor. Para quem pensa em castrar sua mascote, é necessário remover, em sua totalidade, útero e ovários. Caso contrário, não estará sua mascote livre de desenvolver piômetra de coto de útero anos depois de castrada.
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