Problema de pele em cachorro pode ser doença interna. Parece bobagem, mas aquela coleirinha boba e insistente abriu um buraco na pata de seu cachorro. E isso aconteceu de tanto ele se coçar.
O que poucas pessoas sabem é que problema de pele em cachorro pode ser doença interna, algo mais complexo que exige acompanhamento médico. O prurido cutâneo (coceira) nada mais é do que reflexo de desequilíbrios internos. Sendo assim, podem estar envolvidos gônadas e glândulas, como tireóide e adrenal. Por isso seu pet não cura o ferimento nem usando pomada.
E tem mais. Um situação interna que fragiliza a pele do seu mascote acaba abrindo a porta para infecções e infestações parasitárias como a miíase (bicheira). Sendo assim, não deixe de procurar ajuda se feridas ou coceiras se mostram constantes na pele de seu cachorro.
Abaixo uma lista de outros sinais que podem estar em sintonia com o problema de pele que nada mais é do que reflexo de doença interna.
Problema de pele em cachorro pode ser doença interna
Causas endócrinas
- Hipotiroidismo é outra patologia que pode ser considerada e deixa a pele do cachorro espessa, com perda de pelos em alguns locais específicos do corpo. Ademais, deixa a pele mais escura que o normal. Também cursa com seborreia, e é isso que faz o cachorro se coçar;
- Hiperadrenocorticismo: menos comum mas também acontece, a pele do animal pode ficar mais fina. Além disso, cursa com aumento de volume sem motivo aparente. Há queda de pelo em determinados locais do corpo podendo ficar com a pele nua, ou seja, sem pelos;
- Tumor de testículos em uma célula chamada Sértoli pode aumentar o hormônio estrogênio. Dessa forma se desencadeiam problemas dermatológicos em machos;
- Diabetes também afeta a saúde da pele do seu cão como efeito secundário à seborréia. Mas é mais comum em animais idosos (tipo II) e cursa com sede intensa;
- Distúrbios imunossupressores, aqueles que diminuem a defesa de seu pet, também afetam a saúde da pele; são de difícil tratamento;
- Doenças nutricionais, a falta de alguns elementos, como zinco e selênio, comprometem a integridade da derme e também do bom funcionamento de algumas glândulas.
Parasitas
- Estafilococus, uma bactéria que se instala em ferimentos – como picada de pulgas – é séria e de difícil erradicação;
- Leishmaniose é uma doença mais recente no Estado que também tem reflexos cutâneos;
- Riquétsia, um protozoário transmitido pelo carrapato, é outro parasita que afeta a integridade da pele;
- Alergia ao medicamento, ainda que corrija outra patologia em seu mascote, também traz coceiras. Mas assim que suprimida a medicação ela cessa completamente;
Alergias
- Sensibilidade alimentar costuma ser a mais comum e na maioria das vezes não traz outros sinais específicos. Pode afetar a pele da região dos ouvidos também;
- Alergia à picada de pulga é outro fator desencadeante bastante comum de doença de pele em cachorro. Além de prurido, ela cursa com espessamento na pele de trás das coxas e na base da cauda, podendo escurecer a pele que fica um tom acinzentado e enrugada. Ademais, causa irritação constante.
Embora tutores não sejam veterinários, uma boa anamnese do que foi administrado em seu mascote nas últimas semanas, aliada a uma sequência de exames, auxilia o profissional a diagnosticar a causa do que tem abalado à integridade da pele a ponto de causar tanto desconforto ao animal. Contudo, para esses casos, procure a disponibilidade de um especialista em endocrinologia ou dermatologia veterinária.