Pensando em passar as férias à beira da lagoa ou em regiões muito úmidas? Mas cuidado: a Leishmaniose pode contaminar o cachorro no verão.
O nome é complicado e assusta, e por ser um parasita que pode acompanhar seu cão pelo resto dos dias dele. Por conta disso, a Leishmaniose precisa levar alguns minutos de sua atenção.
Leishmaniose pode contaminar o cachorro no verão
Transmitida por um mosquito, a situação tem sido mais preocupante em Santa Catarina, em especial arredores da Lagoa da Conceição, região que todos os anos amarga novos casos da doença. O cão, assim como animais silvestres, acaba contribuindo com o ciclo porque funciona como reservatório da Leishmania, um parasita que é levado para outros animais, e até mesmo o ser humano, por meio de um mosquito no momento em que pica um animal portador. Por conta disso se ouve falar em casos de eutanásia de cães, uma forma para tentar conter a disseminação.
O complicado é que nem todos os cães mostram sinais de que estão portadores. Isso porque eles podem aparecer de um a quatro meses após o contágio, situação que dificulta ao tutor saber que seu pet se tornou portador do parasita. Muitas vezes os sinais são inespecíficos, ou seja, os cães perdem peso e se mostram indispostos, comportamento comum a uma série de outras patologias. Outros, porém, apresentam vômitos, diarréia e feridas que não cicatrizam conforme a doença evolui. Se rins e fígado estiverem envolvidos, haverá sinais referentes as disfunções desses órgãos, e são esses os casos em que seu pet adoece para valer, apatia que pode resultar em óbito. O diagnóstico se dá por exames sorológicos (de sangue) e citológicos (dos tecidos envolvidos).
Leishmaniose do cachorro passa para o dono?
Cabe lembrar que um cão, mesmo sendo reservatório do protozoário, não passa a doença para outro, nem para o ser humano, por estar em contato direto com eles. Isso porque a transmissão se dá exclusivamente por meio do mosquito. Mas o motivo da preocupação é que a Leishmaniose pode ser perigosa para o ser-humano, em especial para crianças cujo sistema imune não está fortalecido.
Embora mais comum em cidades úmidas, não são apenas as litorâneas que podem apresentar problemas com Leishmaniose. O Rio Grande do Sul também tem casos e isso inclui até mesmo a fria região de Nova Petrópolis.
Sendo assim, atenção redobrada aos pets nos meses quentes, mais ainda para quem está em região com lagoas. Isso porque cão portador de Leishmaniose é questão de saúde pública, notificação que é repassada aos órgãos competentes. A doença não tem cura, mas pode ser controlada quando o animal recupera sua saúde. O tutor, porém, precisa se responsabilizar pelo tratamento.
Como evitar a Leishmaniose no cachorro?
O melhor a fazer ainda é a prevenção, o que nem sempre é simples para quem mora perto de matas ou locais úmidos; o uso do repelente tem sido a indicação. Evitar passeios em regiões úmidas, em especial pela manhã e final da tarde, hora em que há maior movimento dos mosquitos, também tem sido recomendado. Embora não tenha eficácia superior a 70%, já existe vacina no mercado e alguns países também a exigem no caso de cães turistas.
Assustou? Não era a intenção. Se você não ouviu falar do parasita e vai passear com seu pet em locais propícios ao mosquito, vale uma conversa com o veterinário de seu pet, pessoa indicada para avaliar as recomendações necessárias para a viagem de seu mascote.