Tão grande quanto a coragem é a alegria em viver com cães de grande porte. Dividir o mesmo teto com essa categoria exige afeto e disciplina. Mas infelizmente esse privilégio tem se reduzido nos grandes centros populacionais.
Com pouco mais de 2% de representatividade nos lares brasileiros, cães gigantes – aqueles com mais de 45 quilos, podendo até mesmo ultrapassar os 100 quilos – diminuíram na preferência dos brasileiros, muitos até admitindo a admiração pelo cachorro de grande porte, o verdadeiro cobertor de orelhas, raridade que ainda pode ser vista na companhia de quem consegue acomodar praticamente um filhote de pônei em casa.
Para quem ama animais gigantes, mas teve de se contentar com a presença em tamanho “light”, conheça agora um pouco da rotina de quem ainda pode se dar a alegria de conviver com um cão de grande porte.
Gosto é gosto e não se discute.
Para quem cachorro é sinônimo de animal robusto, o prazer também está em descobrir que falta braço para acolher toda aquela massa corporal.
Com quatro meses de idade, os adoradores de cães de grande porte já começam a ter os primeiros sinais de contentamento: o filhote de mastodonte já não cabe mais no seu colo e pode ter o tamanho de um cocker spaniel adulto; com nove meses, e ainda desajeitado, bater com as patas da frente do peito de um dono desavisado pode acabar levando-o ao chão.
Temperamento dos animais de grande porte
Ao contrário do que se pensa, o temperamento dos cães grandes costuma ser dócil e isso se explica em suas origens. Esses animais foram selecionados, em sua maioria, para ser cães de pastoreio. Quando o assunto é guarda de ovelhas, não há espaço para um animal feroz.
Costumam ser cães atentos e protetores, mas não agressivos.
Bom cão de guarda
Quem tem sítio ou casa com pátio se beneficia não apenas da companhia, mas do sinal de alerta e da incontestável robustez desses animais. Isso porque cães grandes assustam e na presença de estranhos podem se mostrar desconfiados e até mesmo hostis.
Mas nem tudo é fácil…
- Haja água e shampoo! Dar banho em um animal desses é um trabalho meticuloso epode levar tanto tempo quanto lavar um automóvel.
- Não são cães para acompanhar desportistas, o tamanho não permite muitos e rápidos deslocamentos.
- O triste desse relacionamento é que cães grandes vivem menos se comparado aos pequenos, estes podendo chegar aos 17, 18 e até 20 anos. Problemas cardíacos e articulares começam cedo, com 7 ou 8 anos de vida ou até menos.
- Outra doença que afeta cães gigantes é torção do estômago: se não tratada em um curto espaço de horas, pode levá-lo à morte.
- Em função de seu peso, cotovelos e coxas costumam ter calos, área que perde pelo e se torna mais espessa.
- Outra característica que não é muito popular nos cães gigantes é que costumam ser babões.
A mistura de delicadeza e robustez justifica a paixão de seus donos que se sentem abraçados, tocados e até mesmo protegidos por seu cães. O maior inconveniente fica por conta dos muitos, mas muitos quilos de ração por dia para alimentá-los, necessidade que faz deles mascotes caros para o bolso do brasileiro.
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