Sabe-se que deixá-los vivendo nas ruas pode não é o ideal – um cão abandonado pode ser motivo de acidentes, como mordeduras e atropelamentos. Ainda assim, cuidá-los, mesmo que de forma comunitária, é melhor e oferece menos riscos do que deixá-los à própria sorte.
Uma das razões que justifica a organização das cidades litorâneas é que mais gente optou por morar na praia. Além de ter mais pessoas adotando, outras se dedicam à causa junto a casas de passagens e abrigos para onde os bichinhos são encaminhados, castrados e cuidados, até que alguém venha ao seu encontro.
Mas haja dinheiro para mantê-los! E espaço também. Primeiramente, um cão de médio porte pode custarR$ 250 a R$ 300 reais para a associação assim que chega ao local. E esse valor duplica se ele estiver doente e precisando de tratamento e medicação.
No entanto, não é fácil abraçar a causa. A questão é que, estatisticamente, existem mais cães sem dono do que lares disponíveis para abrigar mais de um abandonado. Mesmo assim, os esforços tem sido satisfatórios.
Por conta disso, cada vez mais, campanhas são organizadas em prol dos animais de rua. Por exemplo, a coleta de tampinhas de garrafas plásticas. Mas tem ainda brechó e rifas, cuja renda é revertida para a causa. Com sorte, em algumas cidades, a prefeitura também se mostra atuante.
Para quem não gosta de ver um pote na sua calçada, é preciso um pouco mais de compressão. Todo potinho de comida é o resultado de um par de braços descruzado trabalhando de forma voluntária para o bem-estar comum. E não adianta se revoltar contra os bichos: a culpa nunca é deles.
A situação de abandono e animais soltos nas ruas que ainda vemos por aí, acredite, poderia ser bem pior. Não fossem os esforços de pessoas dedicadas a realidade acertaria em cheio não apenas nossos olhos, mas a saúde pública.
Fotos: Daisy Vivian
Muito interessante o conteúdo!