Cuidados ao adotar cachorro com sarna que você precisa ter não se limitam apenas a sua pele, mas também a aproximação do animal de quem você julgou necessária sua ajuda. Quando não conseguimos resistir à tentação de recolher aquele cão todo doente e cheio de feridas, esquecemos que ele pode nos morder.
Feio, magro e esquelético, ainda por cima, podendo morder, e ainda assim pensamos em levar para casa.
Um errante solitário
Antes que reverbere pelo seu cérebro que tem gente passando fome, e que pessoas merecem mais esforços humanitários do que cães, lembre a questão da saúde pública. Afinal, cães enfermos são vetores de doenças e isso vale para qualquer um. Conquanto você não tenha forças para combater os problemas do mundo, pode acabar com a fome daquela criatura e dessa forma mudar o destino de quem já estava a meio caminho da cova.
E é justamente essa possibilidade que não saía da sua cabeça. O passo seguinte foi correr até um supermercado e comprar ração de cachorro, aquelas em sachês, mais fáceis de abrir, se é que você já não tem uma de prontidão dentro da bolsa. Com comida na mão, torce para que o sarnento ainda esteja lá. E qual não foi a alegria ao vê-lo se coçando, parado no mesmo lugar. Isso até que o “sai pra lá, cachorro!” o afugentasse mais uma vez. A cena seguinte era outra conhecida: ele fugiu. Pudera.Tantos foram os chutes e maus tratos que ele não acredita que no ser humano possa existir alguma bondade. E lá vai ele trotando até a outra esquina correndo o risco de provocar um acidente de trânsito. Aliás, outro mal que cães abandonados causam à cidade.
Solidariedade a outras espécies animais
Agora é com você. Quem sabe se antecipa e fica alguns passos à frente dele? Assim o cão pode se sentir seguro e comer a ração que você colocou sem ser visto. É, às vezes funciona, às vezes, não; e o animal prossegue em seu solitário caminho. Mas vamos torcer para que a fome seja maior do que a precaução. Voilá! Está perto. Agora é um cafunezinho na cabeça, outro nas costas e zás! Vem cá, cusco: vamos lá pra casa que você vai tomar um banho.
Foi assim? Acredite, você não é a primeira pessoa a fazer isso, e é saudável para a sociedade esse tipo de atitude, recolher animais adoecidos para a finalidade de tratamento. Não podemos mudar a sorte do mundo mas pelo menos a de um cachorro está em nossas mãos. E nas mãos mesmo. É por a mão na massa, ou melhor, na pele, e sem essa de doações pela internet. Salvar animais pode significar pegar pesado e isso inclui pegar sarna também.
A solidariedade se simplifica quando é com os animais. Isso facilita colocar em prática nossa vontade de terminar com o sofrimento de uma criatura, o que por si só já é digno de nota. Não fossem esses impulsos de solidariedade, o mundo estaria entregue ao caos. Aqueles que ainda gastam seu tempo para ajudar uma criatura em apuros, acredite, são pessoas propensas a atos humanitários.
Cuidados ao adotar cachorro com sarna
Seu gesto, porém, terá alguns desdobramentos, a começar por suas mãos e braços que logo logo começarão a coçar.Mas calma: geralmente a sarna de cães e gatos não consegue fazer em humanos o estrago visto na pele deles.
- Use las, sempre;
- Ainda assim, higiene e até produtos acaricidas não podem ser negligenciados pela pessoa que trata animais pegos da rua;
- O cuidados pessoais devem levar em conta banhos acariciado cuja freqüência se recomenda diária.
- Além disso, devem ser incluídos sabonetes para o uso de corpo e mãos.
- Da mesma forma, pode ser considerado o uso de produtos líquidos para serem diluídos e posteriormente passados diretamente na pele que coçar mais.
- O local onde dormirá o acolhido também ficará contaminado por ácaros e isso vale para jornais e cobertores usados para cama do bichinho, que a essas alturas já tem até nome.
- Dentre os cuidados ao adotar um cachorro com sarna também está o de nunca, jamais lavar a cama de um animal contaminado com a dos outros pets da casa que, por precaução, também deverão estar recebendo banhos acaricidas.
- Avalie, junto com um veterinário, a viabilidade do uso de injeção via subcutânea para acelerar a cura;
- Por fim, seu protegido deverá tomar banhos com produtos que podem ser perigosos para sua saúde por um período não inferior a 30 dias
A sarna pode ser mais severa do que se esperava, e é sempre bom o acompanhamento de um veterinário para esse discernimento. Depois de três semanas é possível verificar algum resultado como ganho de peso e alguns pelinhos. Agora é ver se é possível ficar com o animal que você salvou ou se é necessário arrumar um novo lar para ele.
Hora de adotar
Embora exista o sentimento, não fique triste se não puder manter por longo tempo seu protegido sua casa. No entanto, tenha a certeza, porém, de que há no mundo uma criatura feliz, que acredita no ser humano, a espécie salvadora que lhe deu comida, casa e carinho ao mesmo tempo. Além disso, acabou aquela tortura do coça-esfrega, atitude que certamente o levaria à morte, de forma lenta, se não houvesse a intervenção de alguém, pessoa que exercitou os princípios de quem age para o bem. Em resumo, um ato que contribui enormemente para a construção de um mundo melhor para se viver.