A doença venérea em cães de longe mis comum é a chamada tumor venéreo transmissível canino(TVT). Um tumor arredondado e contagioso, a disseminação ocorre por contato sexual. Contudo, ele também tem sido disseminado através da lambedura e o contato com as superfícies mucosas não genitais. A moléstia é descrita em todo o mundo e é endêmica onde há cães abandonados, uma das justificativas para a castração de animais de vida errante.
Sinais clínicos de doença venérea em cães
O TVT pode ser visualizado mais facilmente no macho uma vez que se exteriorize o pênis. Pequenos pontinhos, alguns em forma de couve-flor, podem ser observados inclusive a olho nu. Em casos mais severos, podem ter 5 centímetros de diâmetro ou até mais e nesse caso se mostra friável ao toque. Isto é, os tumores se fragmentam ao toque dos dedos, o que pode resultar em pequenos sangramentos. Aliás, essa é uma das queixas dos tutores sobre a saúde de seus cães. Na fase inicial, porém, pode parecer assintomático, ou seja, o animal não apresenta sinais nenhum e este começa com lambeduras na região genital seguido do aparecimento das formações. O sangramento muitas vezes é confundido com problemas de bexiga ou, no caso da fêmea, de distúrbios uterinos, quando na verdade se trata de doença venérea em cães.
Nas cadelas também podem ser visualizadas as formações, mas na maioria das vezes, quando ainda é inicial, talvez seja necessário uma inspeção vaginal por que os tumores podem ainda estar na mucosa interna.
Em alguns casos, não muito comuns, pode se ver na cavidade nasal em função das constantes lambeduras na área genital contaminada.
Diagnóstico do tumor venéreo transmissível canino (TVT)
O diagnóstico dessa doença venérea em cães baseia-se no exame físico(na presença das formações), no histórico reprodutivo e no exame citopatológico, este realizado em laboratório.
Tratamento
Alguns desses tumores podem regredir espontaneamente, mas isso pode demorar vários meses. Na prática, o melhor a ser feito é tratamento com quimioterapia. A excisão cirúrgica de formações maiores pode elevar o grau de controle da doença a médio prazo, mas mesmo que seja curado totalmente, em 5% dos casos ele costuma voltar. Sendo assim, é necessário exames controle a cada seis meses mesmo quando animal estiver curado.
A quimioterapia deve ser aplicada uma vez por semana durante um período não inferior a quatro semanas. Ainda assim, persiste-se no tratamento por mais duas semanas após a regressão total dos sinais clínicos. Depois disso, ainda que não seja comum, monitora-se para o caso de haver recidivas. Na dúvida, descarte o animal da reprodução.
Prognóstico
Muito bom.