Quer saber por que gato dorme muito? Não precisa de muita explicação, não. Você já deve ter visto algum documentário que mostra tigres ou leões caçando para comer, não é mesmo? Via de regra, isso costuma ser feito pela fêmea e tem como objetivo alimentar os filhotes. E você lembra depois de devorar a presa o que faziam os grandes felinos?
Dormiam.
Sim, felinos dormem – e muito! – depois de comer. E isso tem um fundamento que já vem de muitos séculos.
Por que gato dorme muito?
Felino são animais exclusivamente carnívoros. Sendo assim, eles precisam caçar. No ambiente natural, os animais enfrentariam dois grandes obstáculos: primeiro, não é todo dia que se encontra uma presa fácil; segundo, é necessário caçá-la e isso despende energia. Saiba que nem sempre uma investida tem sucesso. Isso quer dizer que o grande felino, corre, segue presa e pode prosseguir sem alimento, o que pode perdurar por muitos dias. Assim, quando finalmente ele põe a mão na massa, ele come sem rodeios. Isso porque não sabem quando terão uma próxima refeição. Na dúvida, não comem apenas para aliviar a fome, mas literalmente, na medida do possível, se entopem de comida. E por conta de uma boa refeição com carne fresca o que fazem os animais durante a digestão?
Dormem. E isso vale até para nós humanos.
Também podemos citar outra realidade que permite aos felinos horas e horas de sono. Por serem predadores e estarem no topo da cadeia alimentar, podem se dar ao luxo de dormir. Isso difere enormemente do dia-a-dia dos coelhos, por exemplo, animais que mal se alimentam e já correm para toca para não servir de almoço para outros animais. Assim, pode o felino abusar do sono profundo, uma vez que não têm predadores para se preocupar.
Saiba ainda que seu bichano não está há muitos milênios distante de seus antepassados, animais de vida selvagem. Isso, em termos de evolução, é muito pouco, razão pela qual ele ainda mantém as adaptações que a natureza levou séculos para aperfeiçoar. Mesmo que seu gato não precise correr atrás da caça, ele segue dormindo depois das refeições. Logo, de fome ele não morre. Em compensação, o sedentarismo em que vivem os felinos de nossa era favorece a disseminação de patologias relacionadas à falta de exercício e obesidade felina.
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