
Viajar com o cachorro ou gato? Interior, litoral ou outro estado pode parecer uma viagem comum, mas atenção às normas sanitárias de onde você está indo. Apesar de muitos tutores desconhecerem as regras elas existem. Colocar pets dentro do carro rumo às férias exige documentos, salvo se a viagem for na em área conurbada. O veterinário Álvaro Cézar de Abreu chama a atenção para os documentos. A ausência deles podem ser o fim das suas férias e o retorno antecipado para casa com seu mascote.
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Atenção às normas sanitárias
♦ Intermunicipal e interestadual: quem vai viajar com o cachorro ou gato de ônibus para outra cidade deve acondicionar o mascote em uma caixa de transporte adequada para seu tamanho. É necessário se informar junto à empresa quais são regras específicas sobre transporte animal (peso e tamanho). De qualquer forma, o pet não embarca se não estiver com um atestado de saúde. Como o documento tem validade de 5 dias, é necessário reavaliar o mascote se o retorno ao local de origem ultrapassar esse período.
♦ O mesmo atestado é necessário para quem viaja de carro próprio. No entanto, deve o tutor observar ainda as regras de segurança do mascote que viaja no banco traseiro. Além disso, o pet deve estar dentro de sua caixa de transporte ou preso com o adaptador de cinto de segurança. Isso porque pets não podem ficar soltos dentro do veículo.
♦ Se a viagem for de avião, é bom se informar junto às companhias aéreas, pois existem diferenças entre elas quanto às regras de embarque na cabine. Pode haver ainda a necessidade de sedação;
Regras internacionais
♦ Quem deseja levar seu pet para o exterior, deve obter informações com muita antecedência. Isso porque cada país tem suas regras próprias e podem ser necessários meses para estar dentro das regras deles. Se o destino for a Europa, os animais precisam fazer exame sorológico para a presença da raiva. Depois disso, só embarcar após três meses do resultado negativo. Ou seja, se a data pretendida é Réveillon, o mascote já deve estar fazendo exames em setembro. Ademais, também é necessário chipar o animal que deixa o Brasil.
♦ Países como Uruguai e Paraguai estão atentos para a leishmaniose, doença para a qual os cães brasileiros precisam apresentar exame sorológico negativo. O atestado de saúde, contudo, têm validade até o aeroporto internacional e o despacho é realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Também é o MAPA o mesmo órgão fiscalizador que informa as regras de sanidade animal de outro países.
Últimas considerações
E atenção: jeitinho brasileiro não funciona. As regras são sérias porque envolvem a possibilidade de entrada de zoonoses e isso abrange a saúde pública. Essa é umas das razões que impedem o livre trânsito de animais sem a devida documentação por estado e países.
Logo, antes de viajar com o cachorro ou gato, a dica do veterinário Álvaro de Abreu é procurar orientação de um profissional familiarizado com as regras de transporte de animais. Sendo assim, é importante estar atento para não ser surpreendido. Da mesma forma, buscar informações direto no MAPA pode ser interessante porque o órgão pode emitir um passaporte para seu mascote. Este documento tem validade por todo o território nacional, mas o atendimento se realiza via agendamento.
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Foto: Pixabay, reprodução