Cadela que não cruza pode ter câncer sim. Antigamente existia a teoria de que uma mulher – e isso valeria para as fêmeas mamíferas – estaria protegida do câncer uma vez que colocasse suas mamas para funcionar. No entanto, o avanço da tecnologia mostrou que não era a amamentação fator primordial para a defesa contra o câncer de mama. O que determina se uma fêmea desenvolverá ou não a patologia é a genética. Logo, uma cadela cuja mãe tenha tido câncer de mama, as chances de ela também ter a doença podem ser superiores a 80%.
Cadela que não cruza pode ter câncer
Exames de DNA atualmente podem detectar a presença dos genes responsáveis pela doença nos descendentes de uma pessoa portadora de câncer. Algumas mulheres chegam ao extremo de remover as mamas em idade adulta buscando se prevenir da doença, como foi o caso da atriz Angelina Jollie. Saiba, contudo, que estamos falando de seres humanos portadores de um par de mamas, diferente da cadela que tem 4. Esse tipo de cirurgia é complicado em uma cadela e ainda assim não confere imunidade.
Pesquisas revelam que castrar a cadela antes da puberdade teria maior validade para impedir manifestação do gene fatídico. Isso porque tumor de mama é ovário-dependente, ou seja, ele depende dos hormônios pelo ovário produzido para se manter. Tanto que assim que é diagnosticado tumor de mama em cadelas, parte do tratamento de eleição é justamente a castração, uma maneira de retardar a evolução do quadro.
Se você tem medo de que sua cadela desenvolva a doença, tendo ela parentes, tanto do lado materno quanto paterno, considere a possibilidade de remover os ovários. Mas nada de neurose. Primeiro porque sua cadela pode não desenvolver a doença. E caso isso venha acontecer, você ainda terá tempo para remover o tecido alterado e tratar sua cadela para que ele não recidive.