Cachorro mancando da pata traseira pode ser desde uma pedrinha que feriu a almofada plantar como a temida displasia coxo-femural, aquela que faz com que seu cachorro “balance” as pernas traseiras que parecem soltas no quadril. Mas vamos começar pelo mais fácil. Isso porque uma tarde de brincadeiras exaustivas pode ter deixado a pata de seu pet dolorida.
Cachorro mancando da pata traseira pode ser o quê?
Primeiramente, é importante saber se seu pet está simplesmente mancando da pata traseira ou caminhando e chorando quando a encosta no chão. Mas esteja atento pois o fato de ele não reclamar não quer dizer que está isento de dor. Aliás, o fato de ele mancar já é uma atitude preventiva, uma vez que ele já entendeu que se encostar totalmente a pata no chão, vai sentir dor.
Você pode esperar um dia ou dois antes de partir para um consultório veterinário. Isso porque o que quer que esteja machucando a pata do seu pet pode ter se resolvido naturalmente. Se for algo mais complicado, o cachorro vai dar sinais do desconforto, e isso pode ser feito por meio de lambeduras constantes na pata que pode ficar boa parte do dia erguida sem encostar no chão e, assim, seu pet segue o dia mancando.
Brincadeira inoportuna
Bastante comum quando se tem crianças em casa, uma brincadeira mais ousada pode terminar mal. Quedas durante as atividades ou até mesmo uma criança perder o equilíbrio e tombar sobre o animal pode explicar porque seu cachorro está mancando da pata traseira. O resultado pode ter sido 5:
- lesão muscular
- lesão nos ligamentos do joelho
- fratura óssea
- contusão
- displasia coxofemural
A não ser que a pata do seu cachorro tenha assumido uma postura diferente daquela conhecida, fica complicado uma pessoa leiga saber se o cachorro está mancando porque quebrou pata ou porque machucou o músculo, algo sem maior gravidade. Por isso, você pode observar seu pet em casa, verificar se continua se alimentando e tendo uma vida normal mesmo dando uns pulinhos. Via de regra, lesão muscular costuma se resolver em 3 dias. Mas se prosseguir mancando 48 horas após esse acidente, o melhor é investigar a causa da sensibilidade.
1.Lesão nos ligamentos do joelho
Algo bastante comuns em raças pequenas, como o Poodle, é a luxação de patela. Alguns cães de raças nanicas têm os ligamentos do joelho mais fragilizados e isso facilita a luxação em uma brincadeira mais pesada. A luxação de patela consiste no deslocamento do joelho que sai do local de origem e se desloca para o lado direito ou esquerdo. Rupturas de ligamento cruzado do joelho também podem acontecer como consequência de lesão em quedas. Contudo, é preciso haver uma frouxidão dos ligamentos para facilitar essa ruptura. A pata traseira fica mais solta e ele sobe escada com dificuldade.
2.Displasia coxo-femural
A displasia coxo-femural dificilmente vai ocorrer se seu cachorro não apresentar fragilidade dos ligamentos que mantém a cabeça do fêmur dentro do acetábulo. Cães de raças grandes são os mais propensos a ter essa patologia, razão pela qual o passar dos anos fragiliza ainda mais os ligamentos, o que facilita uma displasia. Uma das maneiras de se evitar essa doença é não cruzando animais portadores entre si, uma vez que sua ocorrência é genética. Mas uma vez com seu cachorro em casa e portador da doença, o jeito é minimizar as conseqüências dessa displasia até mesmo com cirurgia. E, claro, não se pode exigir grandes esforços de um cachorro portador de displasia coxo-femural.
Voltando de um passeio
Às vezes o tutor acaba testemunhando o início da manqueira do seu cão. Quando isso acontece após um passeio, a primeira coisa que desconfiamos são cacos de vidro, pedras ou superfícies pontiagudas serem os responsáveis por uma lesão na almofadinha plantar do seu mascote. Ferimentos entre os dedos também deve ser considerado. Essa possibilidade você descarta assim que examina as almofadas plantares do mascote. Se ele mostrar sensibilidade ou resistência em ser examinado nessa parte do corpo, provavelmente é a região ferida. Saiba que é importante você saber quais são os cuidados com a pata do cão antes de sair para um passeio.
Por outro lado, problemas pré-existentes podem ganhar força durante uma caminhada. Se antes seu cachorro conseguia buscar o repouso quando a pata começava a doer, um passeio forçado o impede de parar quando o nível da dor ultrapassa o suportável. Cachorros mais velhos que sofrem de artrite são um exemplo disso. Você ainda não se deu conta, mas seu pet tem dos nos ossos da perna e por isso relata a prosseguir um passeio. Porque é justamente nesse momento que se sobrecarrega tecidos que já estavam previamente lesionados.
1.Sem aviso prévio nem motivo aparente
Chegou em casa e deu com o cachorro mancando sem aviso prévio nem causa aparente? Também é um problema. Tudo o que já foi mencionado acima pode ter acontecido enquanto seu pet estava em casa. Até mesmo um esforço extra ocorrido dias atrás pode estar mostrando seus reflexos no dia seguinte. Muitas vezes, o cachorro, quando aquecido após exercícios, não sente o desconforto da dor do quadro, por exemplo, este que só vai aparecer no dia seguinte e quando o corpo do animal estiver mais frio. Essas são algumas das explicações de seu cachorro aparecer repentinamente mancando com a pata traseira.
2.Artrite
Raças grandes podem padecer desse mal quando em idades mais avançadas para a espécie que é a partir dos 6 anos. Mas atenção! Cães gordos podem sofrer com isso em idades mais precoces.
Cachorro mancando da pata traseira, o que fazer?
Não é recomendável você administrar antiinflamatório para cachorro sem orientação clínica profissional. Primeiro porque remover a dor do animal pode apenas mascarar o problema maior; e segundo, o uso de antiinflamatórios orais pode causar gastrite em seu cachorro. Por conta disso, o melhor a fazer, se ele prosseguir mancando, é investigar a causa junto a uma equipe especializada. Sendo assim, seu pet poderá fazer uso de antiinflamatórios, analgésicos e, em casos mais complexos, poderá ser recomendado cirurgia reparadora seguida ou não de fisioterapia. Esta, por sua vez, também pode ser recomendada sem a necessidade cirúrgica.
Da mesma forma, poderá ser recomendado algumas técnicas de manejo para facilitar a vida do seu pet enquanto estiver com sensibilidade na pata. Sedo assim, um piso menos irregular é o ideal para seu pet passear. Da mesma forma, reduzir os passeios, como é o caso dos cães portadores de displasia coxo-femural, é outro manejo a ser considerado. A alimentação com vista ao emagrecimento, e até mesmo colocar os potes de alimento e água mais elevado para não forçar os ligamentos é outra forma de manejo para reduzir a dor do seu mascote.
O mercado também disponibiliza medicamentos específicos para as regiões articulares dos animais. Além de trabalhar a dor, eles também permitem uma maior lubrificação na região.